/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/d/P/CaK6NrTC6I8E9AWwop3A/pexels-thirdman-7659573.jpg)
— Foto: Pixabay/Divulgação
Após o infarto do ex-vereador Thiaguinho Batalha, de 35 anos, em Aracaju, a cardiologista Thais Vieira disse ao g1, nesta segunda-feira (14), que este é um problema cardíaco cada vez mais comum em pessoas jovens e alertou para os fatores de risco.
“Antes de 35 anos as doenças congênitas como anomalia congênita de coronárias por exemplo, são as principais causas e, depois dessa idade, as doenças coronarianas decorrentes da obesidade, hipertensão, fumo, diabetes, colesterol elevado, história familiar e estresse são os principais fatores associados ao infarto”, explicou a médica.
A médica informou também que o aumento de casos de infarto em jovens, em alguns casos, está associado ao estilo de vida cada vez mais sedentário desde a infância. “São as crianças sedentárias se alimentando errado, vivendo no computador, estressadas pelas cobranças e a ateromatose [placa de gordura que causa a degeneração das artérias] passa a aparecer mais cedo”, disse.
Ainda segundo ela, é possível prevenir um infarto adotando hábitos saudáveis e fazendo uma avaliação cardiológica pelo menos anual, uma vez que a doença pode ser assintomática e levar à morte súbita. “Na avaliação cardiológica será feita a história clínica e a realização de exames cardiológicos para diagnóstico”, disse. Uma vez constatado o risco, é preciso adotar mudança de estilo de vida e tratamento efetivo dos fatores de risco.
No Brasil, os casos de infartos registrados por mês mais que dobrou nos últimos 15 anos, e a média mensal de internações decorrentes subiu quase 160% no mesmo período - entre jovens de até 30 anos, o crescimento foi 10% acima da média, segundo levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), com base nos dados do Ministério da Saúde.
