Análise: quarteto ofensivo dá mais liberdade ao Palmeiras e poder de desequilíbrio para Dudu

Análise: quarteto ofensivo dá mais liberdade ao Palmeiras e poder de desequilíbrio para Dudu

11/03/2020 as 07:40


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Melhores momentos de Palmeiras 3 x 1 Guaraní pela Taça Libertadores

O quarteto ofensivo do Palmeiras foi mantido em campo quase que a partida toda na vitória alviverde por 3 a 1 contra o Guaraní do Paraguai, na última terça-feira, pela Libertadores. Mas foi o estilo de jogo adotado por Vanderlei Luxemburgo na segunda etapa, com Dudu mais centralizado, que definiu a segunda vitória alviverde na competição sul-americana.

Para enfrentar a retranca do time paraguaio, o Verdão atuou por grande parte do primeiro tempo com uma linha de quatro atacantes. Dudu, que chamou atenção pela mudança de posicionamento desde o jogo contra o Tigre, por diversas vezes jogou aberto pela direita – veja abaixo.

Dudu aberto no ataque do Palmeiras no primeiro tempo  — Foto: Felipe ZitoDudu aberto no ataque do Palmeiras no primeiro tempo  — Foto: Felipe Zito

Dudu aberto no ataque do Palmeiras no primeiro tempo — Foto: Felipe Zito

Sem um camisa 10 para organizar o jogo, os palmeirenses tiveram muita presença dos volantes Ramires e Bruno Henrique na aproximação da área e até na construção de jogo. Mas, na prática, funcionou mais para fazer o Guaraní correr de um lado para o outro para fechar, com eficiência, os espaços.

Depois do intervalo, o Verdão foi para o jogo sem substituições, mas com uma mudança importante: Dudu atuou mais centralizado, com liberdade para se aproximar de Luiz Adriano. Foi assim que o time de Vanderlei Luxemburgo construiu sua vitória.

Atacantes do Palmeiras em linha: formação funcionou melhor no segundo tempo — Foto: Felipe ZitoAtacantes do Palmeiras em linha: formação funcionou melhor no segundo tempo — Foto: Felipe Zito

Atacantes do Palmeiras em linha: formação funcionou melhor no segundo tempo — Foto: Felipe Zito

Ao ser questionado se a opção por Dudu mais centralizado era por uma ausência de regularidade dos meias de origem, o treinador optou por elogiar e explicar a função do camisa 7.

– Não convenceu é uma coisa... Tipo, um lado muito negativo. Vou ficar com o lado positivo. O positivo é que o Dudu pega muito na bola por dentro, ele não fica esperando a bola chegar nele. Os jogadores buscam ele. Ele deve ter corrido uns 10 quilômetros hoje. Eu não vou prejudicar a imagem dos meias que estão fora, não tem nada a ver uma coisa com a outra. É uma opção do técnico - disse Luxemburgo (veja a entrevista do técnico no vídeo abaixo).

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Palmeiras 3 x 1 Guaraní-PAR: veja a entrevista de Luxemburgo

– Eu acho que ele encaixa com as características do Luiz Adriano. O Dudu é insinuante, dribla para os dois lados, sai para a esquerda, sai para a direita, abre espaço. Não vejo nenhum problema de ele atuar pelo meio – completou Luxa.

Mais livre (e centralizado), Dudu deu ótimo passe por cobertura para Luiz Adriano abrir o placar. Quando caiu pela esquerda, o atacante balançou em frente ao defensor e foi até a linha de fundo para cruzar para o companheiro marcar o terceiro dele e do Palmeiras no jogo.

Palmeiras 3 x 1 Guaraní-PAR - Luiz Adriano, Dudu e Patrick de Paula — Foto: Marcos RiboliPalmeiras 3 x 1 Guaraní-PAR - Luiz Adriano, Dudu e Patrick de Paula — Foto: Marcos Riboli

Palmeiras 3 x 1 Guaraní-PAR - Luiz Adriano, Dudu e Patrick de Paula — Foto: Marcos Riboli

Depois de dar sequência a Lucas Lima e Raphael Veiga, Luxemburgo abriu espaço para a entrada de Rony no time titular ao lado de Willian e Luiz Adriano, com Dudu mais recuado. Deu certo na Libertadores – o Verdão tem 100% de aproveitamento e lidera o Grupo B isolado.

A tendência é que a formação seja mantida na próxima quarta-feira, quando o Verdão enfrenta o Bolívar, em La Paz – veja a tabela da Libertadores. Antes disso, os palmeirenses enfrentam a Inter de Limeira fora de casa, no sábado, pelo Paulistão.