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viúva do delegado Ademir Melo e promotora de justiça Caroline Leão — Foto: Reprodução/TV Sergipe
A viúva do delegado Ademir Melo e promotora de justiça Caroline Leão falou, pela primeira vez, após a absolvição por um júri popular do acusado de efetuar os disparos contra o marido dela. Ademir foi assassinado a tiros em junho de 2016, próximo a residência do casal.
Em entrevista exclusiva à jornalista e apresentadora do Bom Dia Sergipe, Priscila Bittencourt, ela falou sobre o caso e as acusações que vem recebendo, após ter sido apontada por ter um suposto envolvimento com o mandante do crime.
No julgamento, o réu que havia confessado o crime depois voltou atrás, trouxe uma nova versão: disse que o autor foi um policial, que morreu pouco tempo depois do delegado Ademir, a mando de um outro delegado, não identificado, que teria um relacionamento com a viúva da vítima. Após o resultado do julgamento, a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE) reafirmou que defende a tese de latrocínio no caso da morte de Ademir.
Priscila: por que só agora a senhora resolveu falar?
Caroline: "desde que tudo aconteceu eu não imaginei que esse processo fosse durar todo esse tempo, e fosse virar um monstro, parece um filme de drama. Quando eu percebi os ataques eu percebi que quanto mais eu me pronunciava mais a coisa se virava contra mim, e passei a me pronunciar através de meu advogado".
Priscila: você desconfiou do inquérito?
Caroline: "em momento algum eu suspeitei. Pessoas dizem publicamente dentro e fora do processo que eu insisto pra ser latrocínio. Eu com meu olhar técnico de pessoa que trabalha com processos criminais, olho e vejo que seja latrocínio. O crime de latrocínio não precisa haver a efetiva prática de alguma subtração de algum objeto da vítima".
Priscila: foi dito que foi crime de mando, a pedido de um delegado e que a senhora teria um relacionamento com ele, isso aconteceu?
Caroline: "isso é a mais absoluta mentira. inclusive, já conversei com meu advogado, dentro e fora do júri eu fui vítima de calúnia e difamação. Dentro do plenário eu fui atacada, eu estava com meu filho, minha mãe, pai… Somos todos família de Ademir. Nós enquanto família sofremos muito também. Não pudemos sofrer o nosso luto em paz”.