Em contrapartida, teve uma atuação apagada na vitória por 2 a 0 sobre a Venezuela, na qual Lautaro Martínez e Lo Celso decidiram.

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O camisa 10 não atuava no lendário estádio desde a final da Copa do Mundo de 2014, quando a Argentina perdeu para a Alemanha na final. Foi reverenciado ao ter o nome anunciado no telão. E, ali, no centro do mesmo gramado em que chegou a perder um gol diante de Neuer, fechou os olhos ao ouvir o hino nacional. Cantou ao lado dos companheiros, carregando a braçadeira de capitão.

Com a esposa, Antonella, e os filhos Thiago e Mateo assistindo ao jogo de um camarote, Messi esteve longe do brilho que mostrou, por exemplo, nas Copas Américas de 2015 e 2016. Circulando basicamente perto do círculo central em boa parte do primeiro tempo, a pedido de Scaloni, demorou a dar as caras com a bola rolando. Mas chamou a responsabilidade nas bolas paradas.

Suas primeira aparições foram cobrando escanteios. Dois deram trabalho à zaga venezuelana, mas não chegaram perto do gol. Um acabou, indiretamente, resultando na abertura do placar, uma vez que Agüero recebeu e chutou, e Lautaro Martínez desviou de letra, colocando 1 a 0 no placar.

A Argentina se tranquilizou e baixou o ritmo, deixando a Venezuela tocar a bola e tentando aproveitar contra-ataques. Nesta estratégia, Messi ficou um tanto quanto apagado. Quando pegou a bola perto da área, chutou uma vez, aos 10, parando na zaga, e depois tentou uma arrancada - que interrompeu para pedir um toque de mão, aos 18. O juiz mandou o jogo seguir.

Um de seus melhores momentos foi quando cobrou falta rapidamente e deixou Agüero em boas condições na área, mas o companheiro foi travado. Depois, chegou a bater uma falta direto para o gol, vendo Fariñez defender sem problemas, aos 44. Um minuto depois, quase foi decisivo com um lindo passe para Acuña, que cruzou par Lautaro, parado por Rosales.

No começo da etapa final, o camisa 10 tentou ajudar na marcação quando estava posicionado mais atrasado. Em um lance, chegou a roubar a bola de Soteldo e arrancar, forçando o adversário a dar um chutão que animou o Maracanã - e protagonizou mais outro desarme na sequência. Em um lance que fez os argentinos se levantarem da cadeira, arrancou pela direita e quase deixou o marcador para trás, sendo parado com uma pancada. Ele ainda tentou seguir, mas acabou caindo.

Depois, foi dando alguns sinais de cansaço, mantendo-se caminhando enquanto parte do time corria para defender, Messi viu a Venezuela chegar bem ao ataque e parar em bela defesa de Armani, aos 25 minutos. Logo depois, estava ajudando a pressionar a saída de bola quando Paredes conseguiu uma interceptação e rolou para Agüero chutar. Fariñez soltou, e Lo Celso colocou 2 a 0 no placar.

A partir dali, como todo o time argentino, esteve mais tranquilo, apesar da Venezuela ainda buscar o ataque para diminuir a diferença. A alviceleste passou a buscar os contra-ataques, que até passavam por seus pés, mas longe da área. Em uma última aparição, já aos 42, recebeu na área, foi à linha de fundo e rolou para Di María, que teve chute travado na hora exata.

Após o apito final, deixou o gramado reverenciado pelos fãs argentinos, como de costume. A próxima chance de brilhar - e até mesmo de cantar o hino de seu país - será na próxima terça-feira, no Mineirão, diante da seleção brasileira. Vale vaga para a final da Copa América, que pode trazer Messi novamente de volta ao Maracanã, em busca de um inédito desfecho feliz com a seleção principal.