O Governo do estado informou que deve abrir, até o fim do mês de junho, 71 novos leitos SUS de UTI.
Por G1 SE
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Leito para a Covid-19 no Hospital de Urgência de Sergipe — Foto: ASN/Divulgação
Uma projeção divulgada nesta segunda-feira (8) pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) estima que o número de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para atender pacientes com a Covid-19 na rede pública do estado precisará ser ampliado para evitar o colapso do sistema de saúde em oito dias, quando o estado atingir 12 mil casos da doença, que atualmente é de mais de 9,2 mil.
A análise foi elaborada com base nos boletins epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) entre os dias 1º de maio e 4 de junho, considerando o número de casos acumulados da doença, a quantidade de leitos disponíveis na rede de saúde, o número de internamentos e a taxa de ocupação em UTI dentro dessa série histórica. Neste período, o crescimento médio diário de casos confirmados do novo coronavírus no estado foi de 4%, e a taxa média de internamentos em leitos intensivos de 2,5%.
"A previsão é que esta saturação ocorra a partir do dia 14 de junho. Entretanto, com um planejamento de ampliação gradual entre 50 e 60 leitos de UTI prevista até a metade deste mês, a rede pública deverá apresentar uma taxa de ocupação ao final desse período, em torno de 65 e 70%," disse o coordenador do laboratório de Patologia Investigativa da UFS, professor Paulo Ricardo Martins Filho.
O Governo do estado informou que deve abrir, até o fim do mês de junho, 71 novos leitos SUS de UTI. Até o fechamento da projeção, o estado tinha 200 leitos de UTI exclusivamente para atender casos da doença, sendo 120 na rede pública e 80 na rede privada. Na noite desse domingo (7), havia 206 leitos no total. A ocupação de leitos de UTI públicos era de 68,8% e de 85% privados.
Também nesse domingo o governador Belivaldo Chagas mostrou preocupação com a situação do estado. De acordo com ele, mesmo com o esforço do governo em ampliar o número de leitos, em especial de UTI, a população não está colaborando com o distanciamento social, que no sábado (6) foi de 37,2%, o 3º pior do país.







